sexta-feira, 11 de junho de 2010

RITA FAZ UMA REFLEXÃO SOBRE A MATÉRIA DA ÉPOCA SOBRE ADOÇÃO

----- Original Message -----
From: "Rita Cristina Carvalho de Medeiros Couto"
To: "FALA BICHO"
Sent: Thursday, June 10, 2010 5:05 PM
Subject: adoção

Oi Sheila.
Bj.
A Olivia era fofa!
Espero que vc esteja melhor.
Dei uma lida no texto da Época sobre adoção, achei interessante e importante que jovens pensem em adoção de um animal carente. Porém, preocupa-me a crítica às feiras de animais. É claro que o cuidado com o bem-estar animal deve ser respeitado ao máximo, todavia sabemos que são muitas as dificuldades vividas por diversos protetores e não me parece pertinente pedir que as pessoas não frequentem as feiras em espaços abertos (quais delas?). Outra preocupação é essa questão do adotar como
característica de quem quer ser "descolado"...moda passa, né? A gente sempre tem que lembrar o que aconteceu com o cavalo que, acidentalmente, derrubou aquele produtor "descolado" e que foi vendido pra puxar caroça. Enfim, creio que a idéia de propagar a educação das pessoas, incluindo os mais novos, nessa cultura de adoção é importantíssima até pra que não apenas os "descolados" a abracem. Gostei do artigo e do trabalho dessas protetoras, mas gostaria de saber qual é a renda base para uma adoção? Sei que pessoas que beiram a indigência não têm condições de cuidar dos
animais, porém muitas pessoas de baixa renda se viram do avesso para cuidar dos seus bichos. Eu tive uma faxineira, cuja colega e vizinha faxinava um dia a mais na semana para comprar carne pros cachorros. Aqui em Divinópolis pude observar o cuidado de pessoas visivelmente mais humildes se esforçando para dar atendimento veterinário aos animais. Numa sociedade em que baixo salário é regra e o nº de animais carecendo de dono é monumental, penso que além de um mínimo financeiro, o critério mais forte deveria ser a responsabilidade e o amor ao bicho. Tenho certeza que esses valores são aferidos pelos grupos citados no texto, mas não fica clara a questão da renda.Talvez a luta passe por essas pessoas terem mais apoio de estruturas estatais para o cuidado com seus animais, que, afinal, são família. Eu fiquei tocada quando precisamos usar os serviços do centro de zoonoses ai de Santa Cruz e vi fila de pessoas humildes levando os animais para serem consultados. O mesmo aconteceu no hospital Jorge Vaitsman. Animais socorridos das ruas por pessoas mais pobres que se esforçavam para tirá-los da dor e da indigência. Eu não sou ingênua a ponto de achar que renda não seja importante, mas qual é a renda mais adequada no mundo do abandono? O maior valor me parece a responsabilidade de quem adota. Afinal, há tanta gente de ótima renda, que diz adorar animais e na hora H peca pela negligência.
Bj amiga.