Em todas as praças do mundo existem pombos e outras aves, pois é um lugar onde as condições são favoráveis para a sua proliferação: muitas árvores e comida farta. O próprio homem é o causador desse desequilíbrio na natureza, e também, nesses locais, inexistem os predadores naturais.
As pessoas são muito diferentes umas das outras. Enquanto há a mão que afaga, alimenta e abençoa, há a mão que agride, mata e amaldiçoa.
É preciso agir em conjunto, prefeitura, entidades protetoras de animais, estudiosos da fauna silvestre e do meio ambiente, veterinários, CCZ, Polícia Florestal, para que medidas controladoras sejam tomadas, mas sem ações drásticas e precipitadas como o extermínio em massa, pois a história universal comprova que a eliminação pura e simples, sem estudos preliminares até que se chegue a um consenso, nunca é benéfica e sempre acaba trazendo arrependimentos futuros.
Existem, sim, maneiras de conter a superpopulação. E qualquer atitude tem que ser bastante criteriosa, dentro dos conceitos da ética e do bom senso. Entre as medidas, construção de pombais, vedação de forros e vãos, e até colocação de manequins de predadores, como é feito na Europa, que acaba espantando as aves para outros locais; também fios de naylon, telas e tapumes podem ser instalados onde não se quer sua presença, além do confisco de ovos e, principalmente, orientar a população em programas de conscientização.
A alimentação dessas aves, símbolos da paz, é extremamente incorreta, pois as pessoas oferecem comidas muito doces ou salgadas, quando elas deveriam alimentar-se de grãos e pequenos insetos. Também deve fazer parte do programa educativo a orientação das pessoas de como se prevenir das principais doenças, os sintomas decorrentes do contágio e na profilaxia, orientando medidas de higiene.
O uso de rações anticoncepcionais, além de dispendioso, acabaria afetando as espécies que são nativas da região, comprometendo o ecossistema natural.
Espero ter elucidado pelo menos algumas das dúvidas da leitora e que as autoridades competentes façam a sua parte.
Todas as medidas adotadas devem ser aprovadas pela legislação, não causar sofrimento às aves e nem danos ao meio ambiente e ser aceitas pelas entidades protetoras de animais.
Ivana Maria França de Negri
