sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

SÉRGIO E SEUS COMENTÁRIOS PRECIOSOS

----- Original Message -----
From: Sérgio Peret
To: Sheila
Sent: Thursday, January 28, 2010 10:44 PM
Subject: Tráfico de Animais

Oi, Sheila,

Aproveitando o tema, envie um abraço e meus parabéns para a Cristiane Tavella, que denunciou o tráfico na 25 de Março / SP. O que entristece é que a maioria das pessoa que compram o fazem para dar os bichos aos filhos como se fosse um brinquedo. Ou então levam para casa a fim de exibir aos amigos, como se tivesse algum mérito ter animais exóticos em casa. Tem gente que não faz a menor idéia do que vai dar para o bicho comer...


Já vi no Rocha/RJ um filhote de jacaré em um chafariz de escritório de advocacia. Na época eu era adolescente, não tinha a consciência de hoje, mas já não gostava de gaiolas ou coleiras.

Uma das causas deste problema é que as pessoas não vêem o animal como um ser vivo, uma criatura que sente medo, ama, ri e chora. Ninguém quer ser preso ou maltratado, mas não se incomoda de dar uma chinelada no filhote porque fez xixi no tapete ou roeu um sapato e colocá-lo de castigo em um quarto escuro. Como se ele tivesse obrigação de saber que aquilo era errado. Eu não tenho cachorro: eu tenho a Akira Peret, uma filha da espécie canina, da raça poodle, hoje com um ano e quase meio. Ela recebe a educação de acordo com as limitações dela. Eu ensino de acordo com minhas limitações. E somos felizes assim.
O máximo que eu tive em minha casa acho que foi uma coruja, que achei ainda "pintinho" em Araruama. Não tive coragem de deixá-la por lá. Ainda não sabia que ninho de coruja era perto do chão e procurei por ninhos nas árvores próximas. Como não achei (ainda bem! Já pensou colocá-la em um ninho estranho?), levei-a para casa. Fiquei com ela por dois anos, quando tinha cerca de 40 cm de altura, mas os vizinhos, supersticiosos, começaram a reclamar e como eu morava com meus pais, acabei tendo que entregá-la para o Zoo. O interessante era quando eu ia visitá-la... ela vinha "falar" comigo, ficava piando como um filhote e só sossegava quando eu colocava o braço dentro da gaiola para ela ficar pousada. Bons tempos, os da "ignorância", de poder levar alface para as girafas e maçãs para os elefantes... Hoje nem entro no Zoo... é deprimente. Um Carandirú.

Abraços Terapêuticos
Sergio N. Peret
Terapeuta do Abraço